A crise que o programa Bolsa Família está enfrentando já poderia ter sido prevista pelo governo de Jair Bolsonaro, pois em fevereiro do ano passado documentos internos apontavam que a verba para manter o programa não seria suficiente.
O Ministério da Cidadania, que é responsável por garantir os pagamentos do Bolsa Família, solicitou em cerca de cinco oportunidades mais dinheiro para o programa, isso foi feito para evitar que se formasse uma fila de famílias esperando o auxílio.
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Apesar disso, todos esses pedidos foram negados pelo ministro da economia, Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni, ex-ministro-chefe da Casa Civil, que hoje comanda a pasta da Cidadania.
Atualmente, a fila do Bolsa já chega há 1 milhão de pessoas e muitas delas estão esperando a mais de 45 dias para fazer parte do sistema.
O governo não está mais autorizando a entrada de novos beneficiários desde o mês de junho do ano passado, isso por conta da falta de recurso.
De acordo com a administração pública, a fila deve aumentar ainda mais durante esse ano podendo chegar a 1,5 milhão de famílias.
No mês de dezembro de 2019, o programa chegou ao seu menor número de atendimentos desde o ano de 2010. Em 2019 foram 13,1 milhões família e em 2010 o número era de 12,8 milhões. Em 2018,o programa atingiu o seu auge com 14,1 milhões de atendimentos.
Além da situação, os números mostram que a busca por irregularidades estão perdendo a eficácia, o orçamento para custear o programa neste ano é menor. No ano passado, foram investidos R$32,5 milhões e para 2020 o valor destinado para o programa é de R$29,5 bilhões.
No ano passado, o governo realizou o pagamento do 13° salário do Bolsa Família, mas essa ação não está prevista para ser renovada.
O Bolsa Família foi criado em 2003, no governo do ex-presidente Lula. A sua criação contou com a junção de outros benefício para compor o programa.
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O objetivo do programa desde a sua criação é realizar a transferência de renda e atender famílias que se encontram em situação de extrema pobreza e de pobreza por todo o país.