O governo colocou uma estratégia de retenção de concursos públicos no INSS, o Instituto Nacional do Seguro Social. A ação agravou a fila de espera para a concessão de benefícios no órgão, já que faltam servidores aptos a fazer análises de novos pedidos.
Devido o cenário atual de crise, a equipe econômica do governo precisou improvisar soluções para que essa fila diminuísse. E deve contratar cerca de 7 mil militares da reserva para ajudar no atendimento nos postos.
Leia também: INSS: atos de protesto marcam polêmica decisão em combate à crise
A segunda medida para essa fila diminuir é a de contratar de forma temporária servidores que já estão aposentados, da própria Previdência e de outros órgãos.
Essa paralisação nos concursos públicos do INSS podem afetar outras áreas, de acordo com o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).
Segundo a instituição, na Receita Federal, para alcançar o quadro ideal teriam que ser realizada a contratação de mais 21.714 servidores.
Outro órgão que possuí o números de déficit de servidores em relação ao quadro ideal é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que possui uma defasagem de 65%.
A Controladoria-Geral da União possui uma defasagem de 61,5% e no Banco do Brasil é de 43,9%.
Em entrevista ao portal Terra, o presidente do Fonacate, Rudinei Marques, comentou sobre o que pode ser feito para que isso mude.
“É a população que vai pressionar o governo a voltar a fazer concursos, com ou sem reforma. Basta a população sentir que os hospitais não têm atendimento, que não há matrículas em universidades, que outros órgãos estão com filas como a do INSS”, disse.
De acordo com Marques, além das aposentadorias que devem retirar 20% a 25% da força de trabalho do serviço público nos próximos anos. “Juntando todos esses funcionários, podemos perder até a metade da capacidade de atendimento se novos concursos não voltarem a ser realizados”.
Leia também: Saque aniversário do FGTS vai te beneficiar todos os anos, mas realmente vale a pena? Saiba aqui!
Cerca de 120 mil servidores já estão aposentados e voltarão ao serviço com o abono de permanência.