Um dos bancos digitais com crescente nos últimos anos é o banco Next. Nesta semana foi divulgada mais uma novidade em relação a iniciativa, que a partir de agora, no primeiro semestre, será abarcada pelo banco Bradesco.
Atualmente, o Next tem 2 milhões de clientes. A nova medida tem como objetivo reduzir os custos operacionais. Hoje, por estar diretamente conectada ao segundo maior banco privado do país, precisa atender as mesmas exigências de capital e necessita seguir as mesmas regras regulatórias.
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Durante a cerimônia de teleconferência de resultados de 2019 o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, compartilhou a decisão: “Vamos separar totalmente, vai ter CNPJ próprio, linhas de negócio próprias. O Bradesco será apenas o controlador”, afirmou.
A partir da nova decisão, a expectativa é chegar a 3,5 milhões de correntistas até o fim do ano.
O presidente ainda detalha que é estimado que cada cliente represente 1000 dólares, o que indica que o Next pode atingir quase 4 bilhões de dólares em valor de mercado em 2020.
Mesmo com este pensamento, Lazari pontua que não sabe se é o “suficiente para fazer abertura de capital”, diz. “Mas, se aparecer um investidor estratégico, não tenho nada contra. Não para injetar capital, porque isso nós temos. Mas para agregar tecnologia ou outro benefício estratégico”, enfatiza.
Expectativa é que, em 2020, o banco digital fique no zero a zero — nem lucro nem prejuízo. Mesmo assim, para se manter competitivo no mercado, o banco Next precisa se provar rentável.
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No ano passado, o Bradesco fez um aporte da ordem de 250 milhões de reais a 270 milhões de reais para a empresa. “O plano é que passe a dar lucro no ano que vem”, comenta Lazari.
Ele ainda destaca que diferentemente de outras fintechs, o Next é um banco digital considerado completo, pois oferece ao cliente a possibilidade de solicitar todo tipo de empréstimo. Ainda há a opçãao de conversar com consultor de investimento e poder pagar suas contas.
“Todo cliente de banco digital é primeiramente cliente de um banco grande, seja ele Bradesco, Itaú, Banco do Brasil… queremos ter primazia. Sempre teremos concorrência e isso é saudável”, afirma.
“Não fossem as fintechs, não estaríamos nesse ponto (de evolução) com o Next”, finalizou.