Nesta terça-feira (21), o ministro da Economia, Paulo Guedes confirmou que uma das novas propostas “ousadas” do governo é o uso de vouchers para a educação. Assim, as famílias irão receber o dinheiro para decidir entre as opções do setor privado, onde irão matricular seus filhos.
O sistema acontece, por exemplo, no Distrito Federal. O chamado vale creche seleciona famílias carentes e as beneficia com bolsas de estudos integrais em instituições de ensino privadas.
Apesar disso, a experiência internacional mostra resultados controversos sobre a iniciativa do ministro para reduzir a desigualdade de oportunidades na primeira infância.
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Em entrevista reportada pelo jornal O Valor, Guedes falou que é necessário investir mais cedo na educação.
“Precisamos investir na educação e, quanto mais cedo, melhor”, disse o ministroo, em Davos, após citar Japão e Coreia do Sul como exemplos de países que prosperaram a partir de grandes investimentos em educação e tecnologia.
“Então, vamos apoiar um gigantesco [programa de] ‘vouchers’ para educação nos primeiros estágios”, afirmou.
Mesmo não tendo falado sobre “creche”, o ministro confirmou que está em andamento uma ideia que já vem sendo estudada desde a campanha presidencial.
O programa têm sido muito conversado entre Economia e a Casa Civil, o que aponta que o Ministério da Educação (MEC) está com baixo protagonismo sobre as políticas educacionais.
A proposta de trazer vouchers para educação foi apresentada por um estudo de Paulo Uebel, que hoje é secretário de Desburocratização.
Ao ser questionado sobre como esse método funcionaria na cidade de São Paulo, Uebel trabalhou no governo e projetou os “vouchers” para as creches, que cortariam à metade os custos do município.
No segundo semestre do ano passado as ideais foram para a mesa, após decisão que os R$1,6 bilhão que foi recuperado na Operação Lava-Jato seria destinado para a educação.
Segundo uma fonte, o uso desse recurso para a educação infantil perdeu apelo e outras opções estão sendo estudadas pelo governo.
Isso pois, o Ministério da Economia não concorda com o uso de um dinheiro finito para gastos recorrentes. Além disso, há alguns entraves burocráticos, que acabam dificultando o uso da verba.
Recentemente, esse foi o tema de uma reunião entre a Casa Civil e os técnicos do MEC. Após essa reunião Weintraub publicou em sua conta no Twitter, que o governo iria anunciar novidades de investimento para creche.