MCMV: ministério faz sugestão sobre pagamento e preocupa beneficiados

Reformulação do Minha Casa Minha Vida (MCMV) é motivo de insegurança nas instituições financeiras. O governo federal está organizando o funcionamento do programa esse ano, que passou por alterações na liberação dos valores para a construção dos imóveis. Agora, os beneficiários receberão um voucher como espécie de financiamento para custear a obra. Entretanto, os tramites e fiscalização desse pagamento ainda estão sendo definidos.

MCMV: ministério faz sugestão sobre pagamento e preocupa beneficiados
MCMV: ministério faz sugestão sobre pagamento e preocupa beneficiados

A sugestão do governo é que o voucher, de cerca de R$ 60 mil, seja distribuído a famílias com renda até R$ 1.200 -abaixo da atual faixa 1, que está em R$ 1.800.

Desse modo, os beneficiários ficarão responsáveis por escolher o profissional da obra, local, entre demais informações, até então de responsabilidade das empreiteiras parceiras.

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Para poder acompanhar e custear essa liberação de recursos, foi sugerido que os valores referentes as taxas de serviço das instituições financeiras sejam descontados dentro da quantia ofertada pelo programa. Isso significa que o beneficiário que irá arcar com as despesas.

Gustavo Canuto, ministro do desenvolvimento regional, afirmou que os valores estão muito acima do padrão desejado pelo governo e por isso uma quantia será descontada.

O terreno não está nesse valor. Esperamos que exista uma parceria de município, estado e União. Ou a prefeitura complementa com mais R$ 10 mil, ou as famílias se associam para reduzir o custo da construção”, sugeriu.

Ao saber da proposta, as instituições financeiras não demonstraram estar muito satisfeitas. Na Caixa Econômica Federal, banco responsável pelo financiamento de boa parte das propriedades vindas do MCMV, foi alegado que o sistema será inviável, uma vez em que o banco terá que se responsabilizar caso o beneficiário cometa um desvio no valor do voucher.

Segundo a instituição, o serviço, se realizado desse modo, apresenta uma grande margem de risco.

Contrapartida, o ministro alegou que não será possível haver esse desvio, pois os valores serão administrados pelo engenheiro contratado pela família. O profissional será o responsável por apresentar o projeto que deverá passar por aprovação do governo.

Eu não vou acreditar no engenheiro. Vai ter análise, mesmo que superficial. Vai haver fiscalização por amostragem, no final, para reduzir o custo”, afirmou.

Canuto ainda reforçou que o governo deve acreditar na boa fé dos profissionais, cientes de que os engenheiros contratados sejam pessoas honestas.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.