Novo salário mínimo aumenta poder de compra do brasileiro 

O Presidente Jair Bolsonaro aprovou na última terça-feira (14), o novo salário mínimo. Com a medida, o brasileiro terá, todo mês, mais 44 reais no orçamento, comparado com o piso de 2019 que ficou em R$998. No entanto, o valor fixado no fim de 2019, era de R$ 1.039, e sofreu reajuste para R$ 1.045. 

Novo salário mínimo aumenta poder de compra do brasileiro
Novo salário mínimo aumenta poder de compra do brasileiro

De acordo com a mais recente pesquisa do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), esta nova quantia permite a compra de duas cestas básicas em São Paulo, local onde o item apresenta maior valor, e mais um quilo de carne.  

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A nova medida levou em consideração a projeção mais recente para a inflação, utilizando do Índice Nacional de Preços ao Mercado (INPC), que fechou o ano em 4,48%. Um dos principais motivos para esta elevação seria, justamente, a alta do preço da carne bovina. 

O piso salarial é referência para uma série de benefícios pagos pelo governo, como aposentadorias e abono salarial, pois, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 54 milhões de pessoas empregadas, ou 60% dos trabalhadores, tinham renda média mensal abaixo do patamar nacional em 2018, quando foi feito o último levantamento.  

Novo salário mínimo está longe de ser satisfatório  

Embora o salário mínimo tenha sofrido este aumento, o valor continua distante de conseguir suprir as necessidades do brasileiro.

Ainda segundo a pesquisa do Dieese, que foi feita quando o salário ainda custava R$ 998, o trabalhador precisaria ganhar pelo menos 4 vezes mais que o valor para conseguir arcar com seus direitos básicos garantidos pela Constituição, como alimentação, lazer, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social, além de auxiliar sua família.

A pesquisa deste ano ainda não foi divulgada, porém, pelos resultados anteriores, dá pra se ter uma ideia do quanto este valor precisa aumentar. 

Para ter uma noção, usando mais uma vez o exemplo de São Paulo, ir e voltar do trabalho de transporte público todos os dias na capital Paulista, onde a passagem foi reajustada de R$ 4,30 para R$ 4,40 em 2020, já equivale a 17% do salário mínimo de um trabalhador comum.

Isso considerando somente uma passagem para ida e outra para volta durante cinco dias da semana, o que totalizaria R$ 176 por mês com transporte.  

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