Os militares que serão selecionados para a força tarefa do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), precisarão passar por um treinamento intensivo para poder atuar nas agências do Instituto como atendentes nos guichês.
Serão cerca de sete mil militares, com os quais o governo espera contar para que ajudem a acabar com a fila imensa na espera de pedidos dos benefícios do INSS. Mas eles precisarão passar por um treinamento, já que a legislação da Previdência é complexa.
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A seleção dos militares será feita pelo Ministério da Defesa, que também vai orientar os selecionados a como deverão se apresentar. Isso vai ser detalhado no edital, que está sendo elaborado.
O INSS afirmou que eles ocuparão tarefas simples como o de receber os documentos dos segurados nas agências e inserir no sistema. Assim como a realização de triagem, consulta de extrato e geração de senhas.
Atualmente, o Instituto têm 8.300 servidores, que estão trabalhando nos guichês de atendimento. A entrada dos militares para ajudar, farão com que 2.500 funcionários possam cuidados da análise dos pedidos.
De acordo com o Presidente Jair Bolsonaro, a chamada dos militares está prevista em lei:
“A legislação diz que você pode, não é convocar, eles podem aceitar um convite para trabalhar ganhando 30% dos seus proventos e não tem qualquer encargo trabalhista, não tem nada. Então, é muito simples. A primeira ideia é, realmente, convidar os militares a participarem desse mutirão para a gente diminuir a fila enorme que está no INSS”.
Mesmo com isso, prazo para que essa fila que já está em quase 2 milhões de pedidos, seja normalizada é de seis a oito meses. Com isso, é possível que apenas no segundo semestre do ano o controle aconteça.
Segundo o INSS, hoje, o tempo para a concessão das aposentadorias está em 125 dias, já as pensões são de 86 dias e os salário-maternidade são de 63 dias. Todos bem acima dos 45 dias que são previstos em lei.
O atendimento que é realizado pelo telefone, que poderia ajudar na concessão dos benefícios também está com problemas.