Filas no INSS tem sido motivo de pauta entre os secretários e demais parlamentares. Nessa quarta-feira (15), Paulo Uebel, secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, afirmou que um dos principais motivos do entrave na liberação do benefício está relacionado a digitalização dos serviços. Segundo ele, o processo ampliou o acesso aos cidadãos, mas aumentou a demanda nos sistemas internos do instituto.
Em conversa com os jornalistas, Uebel relembrou que a implantação digital do INSS ocorreu no ano passado, sendo considerada uma operação de sucesso no que diz respeito a ampliação do acesso a órgãos do governo por meios como internet e telefone.
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Atualmente, todos os serviços estão sendo realizados por meio digital, o que o secretário defende como uma ótima proposta, por questões de segurança, fácil acesso e praticidade. Entretanto, confessa que ainda há o que melhorar nas plataformas.
Sobre os atrasos nas filas do INSS, Uebel defendeu que com a otimização do serviço, mais pedidos conseguem ser registrados diariamente, aumentando a demanda do instituto.
Ele exemplificou que devido ao fácil acesso com os celulares e aparelhos digitais, os trabalhadores conseguem dar entrada nos pedidos de forma mais rápida. Mas, admitiu que neste ano de 2020 o Instituto precisa melhorar os processos internos.
Questionado sobre a necessidade de contratar mais funcionários para conter as filas do INSS, o secretário disse que a ação deve ser descartada, pois não há necessidade e nem faz sentido.
Segundo ele, somente no ano passando mais de 6 mil funcionários do INSS se aposentaram e ainda assim o instituto permaneceu em função sem demais desgastes.
“Fazer concurso público, hoje, significa trazer uma pessoa que vai ficar vinculada à administração por 60 a 80 anos. A demanda excessiva de aposentadorias se deu em grande parte pela questão da nova previdência. Isso é uma coisa que não vai se repetir. Você não pode tomar uma decisão estrutural com base em uma questão pontual”, encerrou.