Cancelamento do Bolsa Família atinge marca impactante sobre benefícios irregulares

No ano passado, o governo começou a realizar um pente-fino nos benefícios que gerou o cancelamento do Bolsa Família em diversas regiões. Os desligamentos foram causados, segundo o governo, por conta da contestação de pagamento irregular. O número de cortes é impressionante. 

Cancelamento do Bolsa Família atinge marca impactante sobre benefícios irregulares
Cancelamento do Bolsa Família atinge marca impactante sobre benefícios irregulares

O programa Bolsa Família foi criado no ano de 2003, pelo ex-presidente Lula. Desde o seu início o programa realiza a transferência de renda que beneficia famílias em situação de pobreza e extrema pobreza no país. 

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Para poder receber do governo as famílias precisam ter de renda mensal entre R$R$89 à R$178 mensais. Além disso, é necessário que entre os membros tenham crianças ou adolescentes com idade de até 17 anos. 

De acordo com o Ministério da Cidadania, até o mês de novembro cerca de 1,3 milhões de benefícios sofreram com o cancelamento do Bolsa Família por conta de irregularidades. Em contra partida, isso gerou uma economia de cerca de R$1,3 bilhão aos cofres públicos. 

Nos pentes finos realizados, o governo encontrou mais de 248 cadastrados tinham entre seus membros servidores do Governo do Distrito Federal.

As famílias recebiam muito mais do que a renda per capita para poder estar inscrito no programa.

Em entrevista à Agência Brasil, o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou que o governo está adiantado para a realização da reformulação do programa. 

Apesar disso, ainda não há um prazo estabelecido para que essas novas regras entrem em vigor. 

Uma dessas alterações já previstas é a mudança de nome do projeto, que segundo o porta-voz está sendo analisada pelo governo. 

Barros, disse que a ideia dessas reformulações é de “aperfeiçoar o antigo Bolsa Família, com o intuito de fazer verificações sobre aquelas pessoas que não mereçam participar, que o programa use critério meritocráticos, que avance em direção às pessoas de menor idade e avance em direção efetiva às pessoas que necessitam”.

Atualmente, mais de 13 milhões de famílias estão inscritas no sistema. E vivem em situação de extrema pobreza, com renda per capita de até R$ 89 mensais. E também em situação de pobreza, com renda entre R$ 89,01 e R$ 178 mensais por membro. 

Em 2020, o Orçamento da União prevê que R$ 29,5 bilhões sejam pagos em benefícios do programa.