Pente fino Bolsa Família encontra irregularidade surpreendente no pagamento

Desde o ano passado o governo está realizando um pente fino no Bolsa Família para encontrar as irregularidades e fraudes. Uma auditoria realizada pela Controladoria- Geral da União (CGU), apontou que no ano passado,mais de 248 famílias que recebiam o benefício tinham em seus membros servidores do Governo do Distrito Federal com renda per capita maior do que o estabelecido pelo programa. 

Pente fino Bolsa Família encontra irregularidade surpreendente no pagamento
Pente fino Bolsa Família encontra irregularidade surpreendente no pagamento

Um dos casos encontrados no pente fino do Bolsa Família foi de uma das famílias que tinha, na verdade, renda mensal de R$27,1 mil por pessoa.

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Isso corresponde a 54 vezes mais que o máximo, que é de R$499 permitido pelo governo para participar dos programas. 

Os dados são referentes aos meses de fevereiro e março de 2019. A auditoria listou cinco famílias com renda per capita alta que foram beneficiadas. 

Irregularidades encontradas no pente fino Bolsa Família 

Dessas 248 famílias com ganhos muito mais altos que o permitido pelo programa, 19 delas tinham renda mensal por pessoa em torno de R$5 mil a R$8,5 mil. Também tiveram 63 famílias que recebiam entre R$2 mil a R$4,6. E 165 famílias ganham entre R$506 a R$1,9 mil. 

Para obter essas informações, a CGU realizou o cruzamento de informações que são inseridas nas folhas de pagamento do governo do DF, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e a Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

A pesquisa do CGU, apontou que as “situações identificadas demonstram oportunidades de melhoria na gestão descentralizada por parte do GDF, naquilo que diz respeito à identificação, ao cadastramento, à atualização e à revisão dos dados do programa”.

O G1, procurou o Ministério da Cidadania que informou estar trabalhando em parceria com o órgão para que a gestão dos programas sociais do governo sejam melhoradas.

O órgão informou que vai estudar todos os casos apontados pelo relatório, e comprovando que houve recebimento indevido, iniciará a cobrança para que os fraudadores possam ressarcir o programa. 

Segundo o CDU, esse recebimento por famílias não necessitadas ocorre por conta das falhas de atualização de cadastro e problemas de sistema do governo.