No último sábado (4), o presidente Jair Bolsonaro se pronunciou por meio de uma transmissão nas redes sociais, sobre o limite de cobrança de taxa no cheque especial. Novidade anunciada pelo Banco Central em 2019. O presidente acredita que o percentual de juros deve diminuir ainda mais, animando os brasileiros.
O cheque especial é uma das linhas de crédito de fácil acesso oferecidas pelos bancos. Apesar disso, são também uma das mais caras tarifas que chegam para os consumidores.
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No mês de dezembro, o Banco Central (BC) interferiu nas taxas livres que eram cobradas pelos bancos sobre o serviço e fixou um teto de 8% de juros ao mês.
Antes disso, os juros do crédito especial cobrados eram em média de 306% ao ano. Mensalmente isso equivale em média a 12%.
Jair Bolsonaro, concorda que o valor é alto, mas diz acreditar que existem possibilidades de que essa tarifa seja ainda menor nos próximos meses.
“O pessoal fala: ‘8% é muito’. Eu sei que é muito, mas estava 14%. Vamos com calma. Não dá para você botar um valor lá embaixo, que você quebra. Eu não posso interferir na economia. Quando a taxa Selic começou a bater lá 5%, 4,5%, o pessoal [dos bancos] se encorajou”, disse.
O presidente ressaltou que a Caixa Econômica Federal optou por cobrar juros menores neste serviço, de 5% ao mês ao invés de 8%. Bolsonaro acredita que Pedro Guimarães, presidente da rede bancária, conseguirá diminuir ainda mais essa tarifa.
E defendeu que se a Caixa Econômica fosse privatizada dificilmente o valor da taxa poderia ser reduzido seguindo a demanda do Banco Central.
Na época de definição dos juros, o BC também determinou que os bancos podem cobrar pelo limite de crédito que forem disponibilizado no cheque especial. Antes, os clientes pagavam pelo limite apenas se usassem.
Agora, que possui no cheque especial até R$500 fica isento da cobrança. Mas, correntistas com valor maior serão taxas em 0,25%. Para quem tem R$10.000 de limite, por exemplo, a porcentagem se aplica a R$9.500 totalizando R$23,75 mensais.
A nova taxa de juros e a cobrança do limite entraram em vigor nesta segunda-feira (6). Porém alguns bancos informaram que não irão realizar a cobrança num primeiro momento. Das grandes instituições apenas o Santander aderiu á tarifa.