A briga entre os Estados Unidos e o Irã poderá pesar no bolso dos brasileiros por conta da expectativa pela alta do petróleo. Nessa sexta-feira (3), o presidente Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista falando sobre o cenários de instabilidade e as medidas que irá tomar para conter o preço do combustível no território nacional.
Saindo do hospital onde visitava sua esposa, Michelle Bolsonaro, o presidente conversou com alguns jornalistas a respeito da crise entre os dois países e como o Brasil irá se portar mediante a situação.
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Segundo ele, o conflito não será intermediado pelo governo brasileiro, que seguirá apenas acompanhando o caso. Ao ser questionado sobre o aumento no preço dos combustíveis, ocasionados pela briga, Bolsonaro informou que deverá tomar uma medida de contenção.
“Eu converso com o almirante Bento [ministro de Minas e Energia], com o presidente da Petrobras e com o Paulo Guedes [ministro da Economia] e nós temos uma linha de não interferir, mas acompanhar e buscar soluções.”
Com o aumento da tensão entre os EUA e o Irá, a alta do petróleo fechou com crescimento de 3,6%, ficando por US$ 68,60. Um dos jornalistas presentes o questionou: “Presidente, e se o preço do petróleo não parar?”.
Em resposta, Bolsonaro afirmou que será preciso tomar uma providência. “Se? Você começa com ‘se’. ‘Se’, tem que tomar providência. A Petrobras está se recuperando do que sofreu nos últimos anos, em especial no governo do PT”, alertou.
Ao ser questionado sobre quais ações faria para resolver a elevação do preço, o parlamentar ressaltou a importância da participação dos governadores estaduais.
Exemplificando que um aumento de 20% no preço do combustível também afeta o crescimento do imposto ICMS, e que a ajuda do governadores seria necessária. Já que, segundo alertou o presidente, “Quando você mexe em combustível, toda nossa economia é afetada”.
Agenda de resoluções
Ainda de acordo com o presidente, na próxima semana será realizada uma reunião com sua equipe.
A pauta em debate será o conflito entre os países e as formas de conter o preço do petróleo. Bolsonaro reforçou que não se pode deixar a Petrobras enfrentar uma nova crise e que por isso precisa de uma ação imediata.
“A coisa que mais nos preocupa é uma possível alta do petróleo, que está em torno de 5% no momento. Conversei com o presidente da Petrobras e a exemplo do que aconteceu na Arábia Saudita, no ataque de drones, que em poucos dias voltou à normalidade, a gente espera que aconteça agora também”, afirmou.