A ceia natalina custará mais caro para os brasileiros esse ano. Segundo um levantamento realizado pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a tradicional cesta de Natal com os 15 itens mais procurados nesse período, teve um acréscimo de 3,19% em comparação ao ano de 2018.
Especialistas afirmam que o encarecimento pode estar associado ao alto preço das carnes que devem se encerrar, até o dia 31 desse mês, com um crescimento de 20% no valor total.
Entre os produtos mais elevados, o pernil registrou o maior preço, com um reajuste de 50,39%, seguido pelo filé mignon, com 46,49%, e pela picanha, com 22,88%.
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Outra proteína em destaque foi o lombo de porco com osso. Seu preço subiu em 24,02% nos 12 meses até o início de dezembro, data da pesquisa. O frango também apresentou uma alta de 10,82%.
Além das carnes, o pescado também ficará mais caro. O bacalhau, tradicionalmente usado durante as festividades, teve um avanço de 15,73%.
Segundo o coordenador do IPC, Guilherme Moreira, por ser importado o alimento aumentou o valor graças ao câmbio. Atualmente, os peixes brasileiros acumulam alta de 1,16% no IPC de 2019.
No setor de massas, a variação apresenta quase o dobro. O segundo item mais caro é o macarrão espaguete, que contabilizou um reajuste de 13,36% devido ao encarecimento do trigo por causa da depreciação do real.
De modo geral, a pesquisa identificou que todas as proteínas que normalmente são inclusas na cesta de Natal, estão mais cara esse ano. Reduzindo consideravelmente o número de compras nas redes de supermercados.
Em São Paulo, o Procon realizou um levantamento com 10 supermercados da cidade. A pesquisa foi feita entre os dias 2 e 4 de dezembro e mostrou uma diferença considerável de 50,46% nos preços dos panetones.
Dos 137 itens levantados, a maior diferença ficou entre as azeitonas verdes sem caroço da Tivoli (160g), na qual o preço variou 125,63%: de R$ 3,98 em uma loja e R$ 8,98 em outra.
Mesmo com o pagamento do 13º salário e do saque do FGTS, economistas afirmam que esse ano será de baixa na cesta de Natal, mesmo que seja um movimento tradicional e festivo.