Nos últimos meses o preço da carne bovina disparou, isso por conta do aumento na exportação do produto para a China que enfrenta um surto de peste suína e que já matou mais de 7,5 milhões de porcos na Ásia.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a variação no preço foi de 8,09% entre os meses de novembro e dezembro.
O jornal o Globo realizou um levantamento nos supermercados do Rio de Janeiro, nesta pesquisa foi possível apontar que o reajuste no preço chegou a 30% em alguns cortes de carne. O aumento aconteceu em apenas duas semanas.
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A previsão é de que o preço da carne caia um pouco depois do Carnaval, porém a queda não a levará de volta para o patamar em se encontrava.
Num país em que 12,8 milhões de pessoas estão desempregadas é necessário encontrar formas de driblar essa alta no preço de um alimento que faz parte do dia a dia de muitos brasileiros. Além de oferecer também alternativas para aqueles que desejam realizar o churrasco no final do ano.
Esse aumento fez com que muitos dos brasileiro repensasse seu hábitos e começasse a inserir outros alimentos em suas refeições
Apesar disso existem consumidores que não abrem mão de ter em sua mesa a carne vermelha, a opção é ficar atento às promoções dos mercados e açougues, que em alguns casos podem estar oferecendo cortes de carne nobre a preços mais em conta.
Há também a opção de fazer uma busca procurando por cortes menos nobres, que são vendidos mais barato. Depois é só usar a criatividade na cozinha e prepara-lo de forma que deixe mais saborosa.
Uma ideia é chamar alguns amigos ou familiares e comprar carne em mercados atacadistas, o preço desses mercados que vendem em grande quantidade é mais em conta.
Outra saída para os brasileiros é substituir a carne por outras proteínas, como as carnes de aves e suínos, que também tiveram um aumento da demanda e os preços subiram.
Restam ainda como alternativa os ovos, peixes e vegetais que não sofreram um grande impacto nessa alta de preços.
Em entrevista ao jornal Época negócios, a nutricionista Lauriane Barbosa, comentou que esses alimentos que não foram tão influenciados são pouco consumidos pelos brasileiros.
“O brasileiro, em geral, consome pouco peixe, alimento que tem um excelente valor nutricional. E o pescado pode ser usado em churrascos. Grãos também são grandes fontes de proteína para a alimentação do dia a dia”, afirmou a nutricionista.
Porém é necessário ter cautela e evitar substituir essas proteínas por embutidos como salsicha, presunto e nuggets. Já que esses não são carnes, e sim mistura de carne, pele, ossos, gorduras, conservantes e sódio.
Essa disparada atinge também os negócios de churrasqueiros, que mantiveram o mesmo preço para fazer o churrasco no final do ano, mas as contratações para as confraternizações vem caindo.