Comunicação do programa Verde e Amarelo foi alvo de críticas em reunião parlamentar. Segundo o secretário Especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, o projeto vem apresentando falhas no diálogo com os demais setores governamentais. Marinho defendeu que tais erros acabaram por refletir nas críticas e insatisfação da sociedade.
Para ele o programa destinado à contratação de jovens está sendo pautado como uma espécie de inclusão previdenciária. Os cadastrados pela modalidade poderão calcular o valor de seus auxílios a partir do tempo de serviço prestado.
“Eu admito que não estamos fazendo uma comunicação eficiente porque não é taxação. É inclusão previdenciária”, informou durante a audiência na Comissão do Trabalho da Câmara dos Deputados.
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A reunião tinha como objetivo discutir as propostas do Verde e Amarelo. Entre os assuntos debatidos, também se falou à respeito da inclusão de pessoas com deficiência no mercado. Marinho pontuou que o projeto vem recebendo inúmeras críticas e precisa ser reavaliado a partir de sua comunicação.
Segundo o secretário, a medida visa cumprir a lei de cotas que determina a participação de portadores de deficiência nas empresas. Entretanto, ressaltou que mais uma vez o governo não está sabendo pautar isso seja para a imprensa ou para a comunidade.
“A questão da narrativa é uma coisa muito complicada. Na hora em que você vai explicando, as pessoas vão entendendo”, afirmou.
Apesar da defesa dos demais parlamentares que alegaram que a proposta é inconstitucional e retira os direitos dos trabalhadores, Marinho se mantém irredutível.
O secretário afirmou que caberá apenas ao Supremo Tribunal Federal definir se a constitucionalidade está sendo violada ou não. Ele declarou que encerrar o debate antecipadamente seria anular as quase duas mil emendas em apoio ao Verde e Amarelo.
Em sua fala, destacou ainda que é preciso pensar naqueles que estão desempregados e poderão ter a oportunidade de sustentar suas famílias de forma digna e dentro das leis trabalhistas.
“Lembrem-se que existe vida fora da CLT. Todos os dias as pessoas acordam bem cedinho para ganhar a vida. Essas são a grande maioria da nossa população. Será que a solução do Brasil é mais regulação? mais tutela do Estado na relação das pessoas ou gente vai ter coragem de encarar o problema, de quebrar os paradigmas e fazer a discussão?”, indagou.
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