Limitar preço da carne não é possível, afirma o presidente Bolsonaro

Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, na tarde do último sábado (30), o presidente Jair Bolsonaro acredita que o preço da carne bovina diminuirá no futuro. Mas, explicou que não tem possibilidade de tabelar o valor da venda dos produtos.

Limitar preço da carne não é possível, afirma o presidente Bolsonaro
Limitar preço da carne não é possível, afirma o presidente Bolsonaro

Os valores das carnes bovinas cresceram em média 4,2% nos últimos 30 dias, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que faz pesquisa de preços semanalmente no município de São Paulo.

A pesquisa foi divulgada no dia 19 de novembro. A mesma pesquisa identificou que o contrafilé, por exemplo, subiu 5,86%, já a alcatra 3,63%. A picanha, carne considerada nobre, subiu menos em relação às outras, apenas 0,32%.

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Questionado sobre o aumento em um item de alto consumo entre os brasileiros, o presidente da República declarou que: “O preço da carne é a lei da oferta e da procura”.

Jair ainda afirmou que não pode tomar ações neste momento: “Não posso tabelar”. Mas, ainda confiante, o político detalha que espera que “daqui a um tempo” o preço diminuirá para o mercado interno.

Um dos possíveis motivos para o aumento considerável no preço da carne bovina no país é o mercado internacional. O mercado tem refletido a alta demanda para a exportação.

Além de russos e chineses, que vêm realizando a habilitação de mais frigoríficos brasileiros para exportação, novos mercados ganharam espaço no setor de carnes do país, como Turquia e Indonésia.

Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, realizada na última quinta-feira (28), Bolsonaro já havia informado que o governo não pretende tomar medidas incisivas de controle sobre o preço da carne bovina.

“A China perdeu metade da sua população de porcos [para a gripe suína]. Hoje em dia metade da população já é urbana, e 1/3 é de classe média. Agora, o preço da carne da China, quem compra lá, fazendo a transformação da moeda lá daqui, é mais cara que aqui. Agora, não podemos tomar medidas aqui que não deram certo em nenhum lugar do mundo: tabelar preços, obrigar a exportar menos. É a livre concorrência, daqui a pouco volta ao normal”, explica o presidente durante live.