Campanha da maquininha de cartões Rede Itaú é suspensa na justiça

O Grupo Rede Itaú precisa acertar as contas com a justiça. Graças a campanha que tem como objetivo zerar a taxa de antecipação dos cartões de créditos para as empresas que usam a maquininha Rede, o Itaú vem enfrentando embates judiciais. Na última semana, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vetou a ação das marcas sob cobrança de multa.

Campanha da maquininha de cartões Rede Itaú é suspensa na justiça
Campanha da maquininha de cartões Rede Itaú é suspensa na justiça

A ação vem sendo enfrentada na justiça desde o mês de outubro sob acusação de anticompetitividade. Isso porque o Itaú, dono da maquininha Rede, vem oferecendo condições exclusivas para os clientes de sua própria credenciadora.

Na última assembléia, por quatro votos a três, o Cade rejeitou o recurso do Itaú para poder manter a campanha. Segundo o órgão de defesa da concorrência, trata-se de uma ação desleal para com os demais concorrentes do mercado que pode impactar no cenário comercial.

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Procurados para dar uma explicação do caso, o Itaú emitiu uma nota informando que sua ação não se diferencia das demais adotadas por seus concorrentes. O banco alega que há uma decisão judicial favorável a Rede e que a marca, por sua vez, reforça seu compromisso para com seus clientes.

“Estamos convictos da importância da nova política comercial da Rede, que desonerou o setor produtivo e maior empregador, equiparou o prazo de liquidação aos padrões internacionais, incrementou a concorrência e beneficiou o pequeno e médio empreendedor”, afirmou a empresa.

De onde veio a acusação à Rede Itaú

Após lançar a campanha de isenção de taxas para os clientes que utilizarem a maquininha Rede, o Itaú foi obrigado a comparecer à justiça. O órgão de defesa da concorrência recebeu uma denúncia informando que ambas as marcas estariam realizando infrações no que diz respeito as medidas do mercado.

Segundo os ofícios do caso, o Itaú foi acusado de desenvolver campanhas comerciais abusivas. Mediante as declarações, a marca foi obrigada a suspender a ação sob uma multa de R$ 500 mil por dia. Porém, conseguiu reduzir o valor para R$ 250.

Assinada pela Secretaria-Geral, a liminar exigia que o Itaú retirasse os anúncios publicitários veiculados em suas redes sociais e demais portais de comunicação. Além disso, deveria interromper a obrigatoriedade de ter uma conta da agência para poder obter descontos ao utilizar a Rede.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.