Simples Nacional tem mais gastos do que resultados, segundo mostra pesquisa

Críticas ao Simples Nacional. Desenvolvido em 2007 com o propósito de descomplicar a vida de pequenos empresários, o programa é uma espécie de regime tributário fornecido para empresas com faturamento de até R$ 5 milhões. Recentemente, uma pesquisa realizada pela Escola de Direito de São Paulo e pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), afirmou que o projeto não vem alcançando seus objetivos.

Simples Nacional tem mais gastos do que resultados, segundo mostra pesquisa
Simples Nacional tem mais gastos do que resultados, segundo mostra pesquisa

Segundo o estudo “Qualidade dos gastos tributários no Brasil: o Simples Nacional”, o Simples Nacional não vem sendo realizado de forma eficaz. A pesquisa alega que é mais do que oferecer reajustes tributários, é preciso dimensionar a complexidade da legislação brasileira para com essas empresas.

Os especialistas defendem que a diferenciação no tratamento tributário para algumas empresas resulta em benefícios para  grupos específicos. Eles alegam que tal reflexo acaba impossibilitando a criação de novos empregos e demais ganhos sociais, uma vez em que tais instituições ficam estagnadas em sua zona de conforto.

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Consolidado por meio da Lei n. 9.317/96, o programa visa combater a informalidade e o desemprego no Brasil. Esperava-se que com o reajuste tributário os índices de contratação seriam superiores aos de demissão, levando em consideração que as empresas cadastradas teriam maiores benefícios.

Despesas nos cofres públicos com o Simples Nacional

Entretanto, a criação de tais ofertas e reajustes vem pesando na conta do governo federal. Segundo os estudos, os cobres públicos abdicam de R$ 86,5 bilhões, o que representa 28,45% do total dos gastos tributários federais do Brasil.

O último levantamento, feito em 2010, mostrava que o peso bancário era de R$ 36.315 bilhões, comprovando um crescimento contínuo nas despesas públicas.

Os coordenadores do estudo alegam que mesmo comprovando um crescimento considerável no setor do comércio da indústria, os gastos dos tributos acabam sendo maior do que sua eficácia. Para eles, tal fato comprova que o custo-benefício do programa acaba não sendo válido para a economia nacional.

“Esse tipo de programa [Simples] gera imensas distorções. Como o tributo não é proporcional à geração de renda, você distorce as decisões de investimento e produção. Algumas atividades ficam mais rentáveis por causa da distorção ocasionada pelo produto, esse é o problema”, pontuou Marcos Lisboa, presidente do Insper.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.