Alta do dólar torna real 4° moeda mais desvalorizada de novembro

Graças a alta do dólar nos últimos dias, o real vem se tornando a 4ª moeda mais desvalorizada do mundo. Os dados são baseados em um levantamento realizado pela Austing Rating. Segundo a pesquisa, até o início do mês, a moeda brasileira foi desvalorizada em 4,9%, perdendo apenas para a Venezuela em -25,2%, Zâmbia (-8,2%) e Chile (-6,8%).

Alta do dólar torna real 4° moeda mais desvalorizada de novembro
Alta do dólar torna real 4° moeda mais desvalorizada de novembro

O estudo analisou todas as 122 moedas do mundo a partir da cotação fornecida na base de dados do Banco Central. No que diz respeito a sua posição anual, o real vem ocupando o 15º lugar das moedas menos valorizadas, com uma perda de 7,9%.

Somente essa semana, após o posicionamento do ministro da Economia, Paulo Guedes, o mercado reagiu e o dólar foi até a R$$ 4,2771 atingindo um recorde mundial. Em sua fala, Guedes afirmou que o câmbio de equilíbrio “tende a ir para um lugar mais alto”.

Segundo os especialistas, seu pronunciamento deu a entender que o Brasil terá que lidar com os juros baixos e a moeda americana elevada por um bom tempo.

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Além das afirmações de Paulo Guedes, o dólar vem sofrendo elevações em seu valor graças a uma preocupação internacional relacionada a desaceleração da economia mundial. A instabilidade entre a China e os Estados Unidos é um dos principais motivos pelos quais há uma guerra comercial desde 2018.

Somente no mês de outubro, a queda nas transações correntes chegou a US$ 7,9 bilhões, valor maior do que os 5,8 bilhões projetados pelo Banco Central (BC). Já agora em novembro, no último dia 5 a moeda americana estava sendo vendida a R$ 3,99 na venda. Desde então, em menos de 20 dias, a cotação disparou mais de 5%, atingindo preços absurdos.

Economista da Austin Rating, Alex Agostini pontua que a instabilidade do cenário político e econômico brasileiro também influencia diretamente na elevação do dólar. Segundo ele, os desdobramentos do governo até 2022 seguirão interferindo na moeda.

“Em tempo, o cenário político e judiciário muito atabalhoado no Brasil também tem sua participação nessa instabilidade da moeda, pois transfere ao investidor um ambiente hostil aos negócios, seja por insegurança jurídica ou por fragilidade política que limita as perspectivas de médio prazo. Ou seja, dúvidas sobre eleições 2022”, explicou.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.