Alíquotas de contribuição ao INSS vão subir com a reforma da Previdência

A reforma da Previdência segue apresentando diversas alterações. Além de modificar o tempo da aposentadoria, reajustar auxílios sociais e reconfigurar os direitos trabalhistas, ela está mexendo diretamente no bolso do brasileiro. Com a promulgação que acontecerá no mês de novembro, ela passará a instituir novas alíquotas de contribuição ao INSS, apresentando descontos no contracheque do trabalhador.

As mudanças serão progressivas e irão variar de acordo com a faixa salarial de cada cidadão, como já acontece no cálculo do Imposto de Renda. Aqueles que estiverem entre a classe média, sentirão um maior impacto financeiro, visto que o desconto passará a ser maior.

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Já os que estão em situação mais critica e de vulnerabilidade social aparentemente poderão celebrar a redução dos novos percentuais.

Saiba como serão os cálculos:

Aqueles, por exemplo, que fazem parte da iniciativa privada, terão um reajuste a partir de 7,5% para quem ganha até um salário mínimo (R$ 998). Já quem tem uma faixa salarial entre R$ 3 mil e o teto do INSS, de R$ 5.839,46 poderá sentir um reajuste de até 14%.

Os servidores públicos federais terão suas alíquotas em 7,5%, para quem ganha um salário mínimo. Quem receber acima de R$ 39.000 precisará lidar com um reajuste de 22%.

Hoje, aqueles que estão no ofício antes de 2003 contam com descontos de 11% independente da renda mensal, porém também precisaram se adequar a mudança. Atualmente, a alíquota de contribuição ao INSS varia entre 8% a 11%.

Tanto para os servidores públicos quanto para aqueles que trabalham em iniciativas provadas, a alíquota será efetiva. Isso que dizer que o desconto salarial passará a ser fixado pelas novas regras propostas na reforma da previdência.

Caso seja promulgada ainda em novembro, os reajustes já passarão a valer em março de 2020, descontando nos salários que caírem na conta no mês de abril.

Pesquisadora de economia aplicada do FGV/Ibre, Vilma Pinto explica que as mudanças dizem respeito a questões de justiça social, de modo que vise melhorar a sustentabilidade do sistema de aposentadorias.

“Atualmente, grande parte dos trabalhadores tem salários mais baixos. Quando a legislação torna o desconto previdenciário progressivo, em tese, o trabalhador com salário baixo está sendo desonerado, ao passo em que aqueles que aqueles com vencimentos mais altos terão contribuição maior” pontuou.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.