Aprovada na última terça-feira (22), a reforma da Previdência mudará também o valor das contribuições pagas pelos trabalhadores ao INSS. A estimativa é que nos próximos meses a nova fórmula de contribuição reduza em quase R$ 45 o valor que se é pago à Previdência (para aqueles que ganham R$ 3.000). Quem recebe R$ 5.839,45 (o teto do INSS) ou tem um salário superior a isso irá pagar R$ 40,21 a mais.
As mudanças estão sendo feitas de acordo com a tabela atual de contribuição. Como o salário mínimo, o teto da Previdência e as faixas de contribuição são reajustados todo início de ano, esses valores deverão mudar, para cima, quando a tabela entrar em vigor.
Atualmente conta-se com três faixas de contribuição. Quem ganha até R$ 1.751,81 contribui com 8% do salário para o INSS — ou seja, até R$ 140,14. Os que recebem de R$ 1.751,82 a R$ 2.919,72 contribuem com 9% (R$ 262,77, no máximo).
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Aqueles que recebem um valor superior contribuem com 11%, mas a incidência da alíquota é limitada ao teto previdenciário. Mesmo que o trabalhador tenha um salário superior a R$ 5.839,45, paga 11% apenas sobre esse valor, que hoje equivale a R$ 642,34.
Para as empresas que contribuem com 20% da folha de pagamento, a reforma da Previdência cria uma nova tabela de contribuição para o trabalhador. Quem ganha um salário mínimo contribuirá com 7,5%. A partir do piso, e até R$ 2.000, a contribuição será de 7,5% a 8,25%. Na faixa seguinte, de R$ 2.001 a R$ 3.000, a incidência será de 8,25% a 9,5%, e a seguinte -de R$ 3.001 até o teto-, de 9,5% a 11,69%.
A partir das modificações, a maioria das contribuições dos trabalhadores serão alteradas. Alguns terão uma diferença de centavos, enquanto para outros a diferença ultrapassará os R$ 40.
Confira a tabela do INSS atualizada:
Descontos do Imposto de Renda no salário
Quanto ao desconto do Imposto de Renda, ele segue obrigatório e feito mensalmente como a contribuição ao INSS. Seu cálculo é feito após o desconto do valor destinado à aposentadoria.
A isenção dos impostos pode ser feita em até R$ 1,9 mil. Além do INSS e do IR, o salários dos trabalhadores com carteira assinada sofrem outros descontos, como coparticipação em planos de saúde e o valor do vale-transporte.