Pagamento de auxílio-doença poderá ser responsabilidade das empresas

Alterações no auxílio-doença. Aqueles que passarem mais de 15 dias sem trabalhar por motivos de saúde terão que lidar com as mudanças realizadas pelo Instituto Nacional Seguro Social (INSS). O projeto que está em discussão no Congresso Nacional poderá transferir a responsabilidade para as empresas, eliminando o risco do trabalhador ficar sem o salário por causa da espera pela perícia no INSS.

Pagamento de auxílio-doença poderá ser responsabilidade das empresas
Pagamento de auxílio-doença poderá ser responsabilidade das empresas

A proposta foi sugerida pelo deputado Fernando Rodolfo (PL/PE), sendo incluída em um relatório de sua autoria da Medida Provisória 891, que trata sobre a antecipação do 13° salário a aposentados e pensionistas do INSS. De acordo com o deputado, a proposta beneficia o trabalhador porque passaria a ser realizada pelas empresas. Dessa forma, o tempo da perícia diminuiria.

Proposta do novo modelo do auxílio-doença

Quando um trabalhador é afastado por mais de 15 dias, é necessária a realização de uma perícia médica pelo INSS para verificar o tempo da licença e garantir o pagamento do benefício previdenciário. A proposta do deputado Rodolfo é que as empresas assumam o pagamento do auxílio-doença quando o afastamento durar de 16 a 120 dias, com o valor, assim como hoje, limitado ao teto do INSS (R$ 5.839,45).

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Segundo Rodolfo, “muitas companhias já precisam, pela lei, manter médicos do trabalho, sobretudo aquelas com mais de cem funcionários, de acordo com o risco da atividade”. Esses profissionais poderiam analisar os casos de afastamento e decidir pelo pagamento ou não do benefício. Companhias menores poderão recorrer a clínicas conveniadas.

A perícia continuará obrigatória, de modo que garanta à empresa o direito de descontar o valor do auxílio-doença de seus impostos. A ideia é que o funcionário possa gozar do benefício enquanto o tramite burocrático esteja ocorrendo, porém, caso a análise seja negada, a quantia recebida será descontada de seu salário.

Para o deputado, a empresa tem a liberdade de escolher se o profissional responsável pela avaliação médica é de sua equipe interna, porém ressalta que, caso não concorde, é direito do empregado recorrer à justiça.

 

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Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.